Que tipo de investidor ou investidora é você?

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Por Julia Do Vale Ramos | Bricksave

Janeiro 16, 2023

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Que tipo de investidor ou investidora é você?

Esta não é uma pergunta fácil para quem ainda é novato no mundo dos investimentos.

Então, antes de mergulharmos no tema, vamos esclarecer alguns mitos sobre o que é ser um investidor ou investidora nos dias atuais!

Mito 1 – Você precisa ter milhões no banco

Podemos começar a investir com quantidades bem pequenas e aumentar gradualmente nossa carteira ao longo do tempo. O valor do seu patrimônio não cresce apenas com base no quanto de dinheiro você coloca. Os juros compostos – quando seus investimentos começam a render juros sobre o valor que já se acumulou – têm um efeito poderoso ao longo do tempo, normalmente após 10 anos e especialmente depois de 20 anos ou mais investindo.

Mito 2 – Você precisa estar envolvido no mundo dos investimentos e ser um especialista em finanças

Você não precisa ter relacionamentos próximos com profissionais do mercado ou mesmo experiência em finanças para se tornar um bom investidor nos dias atuais. Para quem é novo neste ramo e tem dificuldades para distinguir produtos e estratégias, os investimentos imobiliários coletivos (ou crowdfunding imobiliário) são uma alternativa simples e acessível para começar a fazer seu dinheiro trabalhar por você. Lembre-se apenas de escolher uma plataforma de gestão com boa reputação e histórico de geração de retornos fortes no longo prazo.

Mito 3 – Você precisa negociar freneticamente, ao estilo “Lobo de Wall Street”

Na verdade, investir é um jogo de longo prazo. Você não precisa fazer movimentos arriscados ou apostar suas economias para obter bons retornos. O melhor caminho é montar uma carteira bem diversificada e ignorar eventuais solavancos e a volatilidade dos preços no curto prazo.

Então, voltamos à pergunta: que tipo de investidor ou investidora é você?

Agora que desmascaramos alguns mitos, podemos prosseguir e entender os diferentes estilos de investimento disponíveis atualmente.

De um modo geral, é possível distinguir os investidores em dois tipos: aqueles com maior disposição ou maior aversão ao risco.

Qual deles você acredita ser?

Isso dependerá de quanto de risco você está preparado(a) para tolerar em seus investimentos.

No jargão do mercado, é o chamado “apetite ao risco”.

As pessoas com maior disposição para tomar risco aceitam esse cenário em busca de melhores retornos para seus investimentos. Muitas vezes, compram e vendem ações ou títulos com frequência para se beneficiar da volatilidade no curto prazo. No entanto, saiba que essa não é uma estratégia fácil!

Já os investidores mais conservadores e avessos ao risco querem evitar a volatilidade e manter suas economias o mais protegidas possível. Pessoas com esse perfil estão mais preocupadas em não perder dinheiro durante uma crise do mercado e prezam pela disponibilidade (ou liquidez) rápida e fácil dos seus investimentos. Para elas, uma desaceleração da economia, como a ocorrida recentemente, pode causar desconforto e desencorajar novos aportes em ações, ainda que saibam que a inflação alta também corrói o dinheiro mantido em caixa.

Vamos fazer um rápido exercício para identificar seu nível de apetite ao risco nos investimentos:

Imagine que os mercados tiveram um dia muito ruim. As bolsas pelo mundo e seus índices de referência, como o FTSE, S&P e Nasdaq, despencaram. Ao final do dia, o valor dos seus investimentos caiu em alguns pontos percentuais.

Diante desse cenário, qual seria o seu instinto?

Se a resposta for sim, talvez você tenha maior aversão ao risco e prefira manter boa parte das suas economias em ativos mais conservadores, como títulos de dívida ou mesmo dinheiro em caixa.

Nesse caso, você tem maior tolerância ao risco e se sente confortável em manter uma porcentagem maior do seu dinheiro em ações e fundos de investimento.

Se a resposta for afirmativa, seria mais prudente investir em ativos de menor risco, pois eles estarão menos expostos à volatilidade do mercado no curto prazo.

Então, você pode considerar assumir mais riscos. De acordo com um estudo do banco britânico Barclays, as ações superaram investimentos em caixa (como a poupança e similares) em 9 de 10 vezes considerando qualquer período de 10 anos desde 1898.

Ainda não sabe que tipo de investidor ou investidora é você?

Então, vamos analisar outra questão: o investimento passivo versus o ativo

Você prefere os investimentos passivos?

O investimento passivo, mais alinhado ao perfil avesso ao risco, é uma estratégia que visa maximizar seus retornos com o mínimo de compras e vendas possível. A modalidade mais conhecida é o investimento em índices, onde sua carteira segue um valor de referência, como o FTSE 100 ou o S&P 500.

Com o investimento passivo, você fará poucas transações de compra e venda ao longo do tempo. Seus investimentos podem ser gerenciados por uma equipe de especialistas que ajustará seu portfólio com base no desempenho do mercado.

Esses investimentos geralmente têm taxas mais baixas e podem produzir melhores resultados no curto e médio prazo (5 anos ou menos), se beneficiando da menor exposição à volatilidade do mercado.

No longo prazo, os investimentos passivos geralmente apresentam desempenho inferior às modalidades de investimento ativo. Afinal, como replicam a composição dos índices, raramente superam o desempenho médio do mercado.

Você prefere os investimentos ativos?

Por outro lado, no investimento ativo, a ideia é tentar “vencer o mercado” selecionando as melhores ações e fundos. Investidores ativos buscam o risco e desejam lucrar com a volatilidade e as variações de preço no curto prazo. No entanto, essa estratégia demanda muita experiência e bastante tempo para estudar as análises técnicas necessárias.

Embora haja a possiblidade de obter retornos consideráveis, mesmo os investidores mais talentosos e experientes podem, por vezes, amargar grandes perdas em suas estratégias de investimento ativo.

Pessoas com grande patrimônio podem optar pelos fundos de hedge para gerenciar suas carteiras.

Os fundos de hedge são administrados por gestores altamente qualificados e que empregam diversas estratégias para obter retornos acima do mercado, assumindo altos riscos, como na montagem de operações alavancadas (compra de ativos com dinheiro emprestado).

Quais são os tipos mais comuns de investimento?

Fundos de private equity

Como funcionam os fundos de private equity?

Os fundos de private equity são geridos por grupos especializados em comprar e administrar empresas de capital aberto ou fechado. A ideia é aprimorar a operação dessas empresas, tornando-as mais lucrativas e obtendo ganho com sua posterior revenda. Investidores de private equity geralmente precisam ter pelo menos 250 mil dólares para aportar. Por isso, naturalmente, trata-se de uma opção para quem dispõe de maior patrimônio.

Quais as principais oportunidades de investimento em fundos de private equity?

Considerando esse piso mais alto de investimento, os fundos de private equity, quando bem-sucedidos, podem gerar grandes ganhos, ainda que o retorno percentual seja pequeno.

Quais os principais riscos nos investimentos em fundos de private equity?

Se houver uma desaceleração do mercado ou as empresas investidas se saírem mal, você pode perder muito dinheiro. Além disso, ao contrário das ações e ETFs, que podem ser liquidados rapidamente, os investimentos em private equity não são tão flexíveis. Normalmente, você precisará manter seus investimentos com a empresa de private equity por pelo menos quatro anos.

Aluguéis de temporada ou curto prazo

Como funciona o aluguel de curto prazo ou temporada?

Se você possui um imóvel, pode alugar um de seus quartos ou toda a propriedade. Muitos proprietários anunciam suas casas e apartamentos em plataformas como o Airbnb, ou contratam corretores para gerenciar a propriedade em seu nome.

Quais as principais oportunidades no aluguel de curto prazo para os investidores?

A maneira mais fácil de calcular seus retornos é dividindo o rendimento anual de aluguel pelo valor da propriedade e, em seguida, multiplicá-lo por 100. Por exemplo, um imóvel avaliado em US$ 500.000,00 que rendeu US$ 20.000,00 de aluguel terá gerado um modesto rendimento de apenas 4% ao ano.

Quais os principais riscos ao investir em aluguéis por temporada?

Como sabemos, o mercado de viagens é vulnerável a crises econômicas. Durante uma recessão, os salários podem ficar estagnados ou subir abaixo da inflação, reduzindo o poder de compra das pessoas e forçando os bancos a restringir suas linhas de crédito.

O aluguel de curto prazo geralmente é voltado para o turismo ou viagens de negócios. Por isso, se a atividade comercial e o salário das pessoas diminui, há menos dinheiro disponível para essas atividades e maior risco de vacância nos imóveis.

Também devemos levar em conta as possíveis restrições legais. Por exemplo, em Londres, os anfitriões do Airbnb estão proibidos de alugar suas casas por mais de 90 dias por ano. Se uma propriedade excede este limite, a legislação considera o contrato como de médio prazo e seu proprietário pode ser multado.

Naturalmente, as regras de locação variam para cada região e podem mudar com o tempo, com novas restrições ou flexibilizações.

Ações e títulos de dívida

Como funcionam?

Ações:

Quando você investe em ações, está comprando um pequeno pedaço de uma empresa. Se aquela empresa tiver um bom desempenho, o preço das ações sobe e o valor do seu patrimônio também aumenta. Nesse tipo de investimento, é sempre importante considerar a relação risco-retorno: quanto maior o risco, maior o potencial de lucros ou prejuízos. Por outro lado, menos risco também significa menos chances de ganhar ou perder dinheiro. No mercado de ações, você pode operar de forma autônoma, escolhendo suas próprias empresas ou fundos, ou confiar seus investimentos a uma gestora, que montará um portfólio com base em seu perfil e tolerância ao risco. Investimentos mais ousados, como ETFs alavancados, tendem a gerar melhores retornos no longo prazo, embora sejam mais arriscados. Por outro lado, você pode mitigar os riscos criando um portfólio global diversificado e investindo em diversos setores, como alta tecnologia, educação e transporte.

Títulos de dívida:

Ao investir nesses títulos, você está emprestando seu dinheiro a um governo ou empresa que precisa levantar capital, muitas vezes com um prazo fixo para a devolução. Assim, ao final do empréstimo, você tem a promessa de receber o valor original de volta. Além disso, também receberá juros regulares, que podem ser uma boa fonte de renda, dependendo do tamanho do seu investimento. Por fim, em muitos casos é possível vender seus títulos antes da data do vencimento, a um valor que irá variar dependendo das condições do mercado.

Quais os principais benefícios de se investir em ações ou títulos de dívida?

Geralmente, os títulos oferecem menor risco e são uma forma de investimento de renda fixa. Isso significa que você tem a promessa de receber o valor investido (também chamado de principal) de volta ao final do empréstimo, em prazos que podem variar de meses a décadas dependendo da duração do título que você adquirir. Além disso, em investimentos fixados, se a inflação cair, o valor dos juros previamente acordados torna-se mais interessante no comparativo.

No entanto, as ações costumam oferecer melhores retornos quando consideramos períodos de tempo mais longos (especialmente 10 anos ou mais). Se as empresas em que você investiu tiverem um desempenho particularmente bom, você poderá vender seus papeis a um preço bem mais alto do que os comprou.

Quais os principais riscos de se investir em ações ou títulos de dívida?

Com os títulos de renda fixa, se a inflação subir muito ao longo do tempo, o valor dos juros acordados se tornará menos interessante, perdendo valor real no comparativo. Já com as ações, se as empresas que você adquiriu não obtiverem bons resultados, o valor do seus investimentos também cairá e você pode acabar perdendo dinheiro.

No caso dos títulos, é importante consultar quem é o emissor da dívida e quais as garantias de capital para assegurar a devolução do valor investido. Você também deve considerar a classificação de risco do título: pontuações mais altas significam que o empréstimo é mais confiável e, consequentemente, contratado a uma taxa de juros menor. Por outro lado, títulos mais arriscados costumam ter classificações de crédito mais baixas, mas prometem taxas de juros mais altas.

As ações também são altamente suscetíveis ao desempenho macroeconômico. Por exemplo, recessões, novas leis ou regulamentos fiscais podem afetar o valor das empresas em que você está investindo. Além disso, quando a confiança geral do mercado está baixa, é menos provável que o mercado acionário apresente um bom desempenho como um todo.

Investimentos imobiliários coletivos

Como funciona o “crowdfunding imobiliário”?

O crowdfunding é a prática de reunir múltiplos investidores e agrupar seus investimentos para financiar investimentos ou projetos maiores.

O Crowdfunding Imobiliário permite financiar de forma coletiva a partir de vários investidores, a compra ou a construção de um imóvel. Cada investidor é proprietário de uma participação percentual do imóvel, dependendo do valor investido.

Quais os benefícios do crowdfunding imobiliário?

Primeiramente, os fundamentos do setor são os mesmos: todo mundo precisa de um lugar para morar, e alugar é a única opção para quem, por exemplo, ainda não tem dinheiro suficiente para iniciar um financiamento ou hipoteca, ou talvez já esteja alugando o seu imóvel próprio. Assim, a demanda por aluguéis de longo prazo, ao contrário dos aluguéis de temporada, sempre permanecerá alta.

Em segundo lugar, com o crowdfunding, você não precisa de centenas de milhares de dólares para investir em imóveis. É possível começar com quantias significativamente menores, comprando frações de participação em cada ativo. Com a Bricksave, por exemplo, você pode começar um portfólio global de propriedades com o equivalente a apenas mil dólares.

Em um blog anterior, nós explicamos os benefícios do crowdfunding imobiliário, mas aqui vai um resumo do que faz desta opção uma alternativa mais interessante do que os investimentos imobiliários tradicionais:

O crowdfunding imobiliário pode ser uma das maneiras mais rápidas para começar a obter retornos sobre seus investimentos. Por exemplo, quando propriedades são compradas a prazo e já estão alugadas, você pode receber os rendimentos de aluguel já no mês seguinte (embora isso não seja garantido).

Como mencionamos anteriormente, você não precisa ter grandes somas de dinheiro para começar a investir em imóveis. Na verdade, esta pode ser uma boa oportunidade para alocar seu dinheiro enquanto economiza para dar entrada em uma hipoteca, por exemplo.

Ao aplicar seu capital em diferentes locais, propriedades e classes de ativos, você reduz sua vulnerabilidade a crises regionais ou setoriais do mercado.

Quais os principais riscos do crowdfunding imobiliário?

O valor dos seus investimentos pode cair se houver uma desaceleração do mercado. Além disso, vender uma propriedade pode levar algum tempo. Portanto, talvez esse tipo de investimento não seja sua melhor opção se você pretende resgatar o dinheiro no curto prazo.

Tradicionalmente, o crowdfunding imobiliário ficava limitado a mercados domésticos, restringindo sua capacidade de diversificar o portfólio e reduzir a exposição à volatilidade e riscos locais.

Felizmente, a Bricksave, uma alternativa acessível para investir, pode resolver essa questão com uma carteira diversificada e composta por imóveis em todo o mundo, de Barcelona a Miami. Além disso, mesmo quando o mercado apresenta um desempenho ruim, você pode continuar recebendo os aluguéis até um momento mais apropriado para vender os ativos. Como dissemos, as pessoas sempre precisarão de lugares para morar.

Qual é a melhor maneira de investir em crowdfunding imobiliário?

Em um blog anterior, discutimos quatro diferentes estratégias para investir em imóveis. Confira um rápido resumo:

1 – Se você já tem todo o dinheiro necessário, pode simplesmente comprar uma propriedade

Embora não pareça exatamente uma “estratégia”, esta é a maneira mais simples de investir em imóveis. Você compra um ativo diretamente e ele é seu. Mas você sabia que essa é a forma mais cara de se investir no mercado imobiliário atualmente?

2 – Você pode comprar uma casa ou apartamento e alugá-lo para uma família

Esta pode ser uma fonte de renda confiável para sua aposentadoria, uma poupança para os filhos ou sua economia para quaisquer outros fins. Uma das vantagens de comprar imóveis para locação é que você pode contratar uma imobiliária para gerenciar sua propriedade em troca de uma comissão sobre os rendimentos.

3 – Investir em imóveis de múltiplas ocupações

Neste caso, falamos de propriedades projetadas para acomodar inquilinos diversos, como profissionais ou estudantes. Um bom exemplo são prédios próximos a universidades com vários quartos ou apartamentos para locação. Esse tipo de imóvel requer um planejamento adicional e costuma contar com legislação mais rigorosa do que as propriedades residenciais comuns. Também por isso, há menos empresas dispostas a gerir essas locações. Por fim, obter um financiamento ou hipoteca para imóveis de múltiplas ocupações tende a ser mais difícil e burocrático.

4 – Os investimentos coletivos ou crowdfunding imobiliários

Esta é a rota mais fácil, simples e acessível para investir em imóveis, especialmente se você não tiver experiência no mercado. Com o crowdfunding imobiliário, você terá a segurança de investir em propriedades cuidadosamente selecionadas após uma vasta análise. O estudo envolve questões legais e técnicas, as condições do mercado local e diversas variáveis macroeconômicas. As oportunidades de crowdfunding imobiliário podem oferecer maior potencial de lucro com menor exposição ao risco. Além disso, ao escolher uma plataforma de crowdfunding confiável e de boa reputação, você tem a tranquilidade de delegar todo o trabalho pesado a profissionais experientes.

Entre em contato conosco hoje mesmo para saber mais sobre como começar a investir em imóveis!

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O investimento está associado a riscos, incluindo a perda de capital e a falta de liquidez. Leia nossa Advertência de Riscos antes de investir.